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7 de fevereiro de 2015

Um Olhar crítico sobre as tendências Educacionais No Brasil” Análise


                               “Um Olhar crítico sobre as tendências Educacionais No Brasil” 

O principal objetivo dos padres jesuítas quando chegaram ao Brasil era primeiramente divulgar, e contribuir á propagação da fé cristã, uma vez que os indígenas eram considerados pagãos. 

Catequizar os indígenas era um dos principais objetivos dos religiosos, porém, além dos objetivos que envolviam a religiosidade, também havia a necessidade de manter o poder do colonizador e seu status dominante, por isso, outra função dos jesuítas foi à articulação da educação no Brasil, que era voltada apenas para a elite colonial, sem preocupação com as camadas mais pobres da população. 

Portanto, pode-se inferir aqui que a Igreja Católica tinha como objetivo principal a propagação da fé cristã entre os indígenas, porém, com o decorrer do tempo também assumirá o papel educativo.

As reformas elaboradas pelo Marquês de Pombal, em seu mandato como Ministro, visavam a transformar e adaptar a sociedade portuguesa aos movimentos sociais, econômicos e políticos que estavam ocorrendo na Europa do século XVIII. 


Porém ficará como marca característica desse momento histórico, a não continuidade do processo e sim a total destruição e substituição das antigas propostas pelas novas.


"Assim como acontecem os modismos educacionais no Brasil nos dias atuais, a exemplo a substituição da didática aplicada a partir da concepção tradicional, Escola nova, Construtivismo, e assim vai... desde que sejam garantidos os ideários da classe dominante no país".

Os pressupostos do movimento iluminista não eram compátiveis com o ensino jesuítico.

"Um enfoque para reflexão ai; é a questão das tendências pedagógicas subsequentes que chegaram ao Brasil, que por sinal acabou sedimentando a classe de professores no Brasil, professores até hoje são doutrinados a trabalhar suas aulas com o Manual do Governo [Bíblia do professor], sem espaço para trabalhar assuntos voltados á criação da competência crítica do aluno" 

"Quanto ao papel da Educação retratada naquela época, e nos dias atuais, acreditamos que as transformações foram poucas, pois a maioria dos brasileiros se quer concluíram o Ensino Médio com qualidade e capacidade nos múltiplos letramentos com vistas a contribuir de forma argumentativa, científica ou filosófica para transformar esse sistema repressor travestido de país democrático). 

Segundo, (FREIRE, 1997, p.22), É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. (FREIRE, 1997, p.22)



Assim sendo, verifica-se nos dias de hoje que a Educação no Brasil ainda permanece engessada, submissa e com muitas restrições para que o professor possa construir no aluno um perfil democrático e crítico, porque não isso não interessa aos grandes empresários e a classe que detém o poder econômico'.  

Comentário: 

O movimento iluminista do final do século XVII influenciou nas posições de Pombal que tinha grande interesse em colocar as escolas portuguesas em condições de acompanhar o progresso do século.

 Não houve, no entanto, rompimento com a Igreja e a religião católica, pois estas se submeteram às ordens e ao poder do Estado, com exceção da Companhia de Jesus, que manteve uma postura de insubordinação ao rei, continuando a ensinar nos moldes do Ratio Studiorum. 

A tendência redentora enxerga a sociedade como “conjunto” (LUCKESI, 1994, p.38) de indivíduos que convivem em sociedade que é viva e harmônica, o que importa é manter a sociedade, conservando os seres humanos no meio social. Essa instância volta-se para a formação do caráter dos indivíduos.

A formação da elite dirigente da sociedade colonial foi o grande objetivo tanto da educação jesuítica quanto da Reforma Pombalina. Manter a sociedade coesa e perpetuar o status da classe dominante era ponto central dos dois sistemas de educação.

Comentário: 

Fica evidente que o papel da educação era o de sedimentar a visão do colonizador, porque a princípio, a catequese foi a principal função dos jesuítas e, em uma segunda fase, foi formar quadros para o aparelho repressivo do Estado, além de formar padres e educar as classes dominantes.

A educação era artigo de luxo para garantir a reprodução e a consolidação dos interesses burgueses, ficando evidente a relação entre a igreja e o domínio do poder público sobre a educação.


Comentário:  

REFERÊNCIAS:

ABREU, M. C.; MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: Cortez, 1980.

AQUINO, Julio Groppa (org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 7 ed. São Paulo: Summus, 1996.15 
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean-Claude. A reprodução. Elementos para uma teoria do sistema de ensino. 3 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. 
BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.      1996.
FREIRE, Paulo. Política e educação. 3 ed. São Paulo: Cortez, 1997. 
DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 3.ed. Rio Janeiro: Vozes, 1995.
GOERGEN, Pedro; SAVIANI, Dermeval (org). Formação de professores: A experiência internacional sob o olhar brasileiro. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2000. HAYDT, Célia Regina. Curso de didática geral. 8ed. São Paulo: Ática, 2006.


LUCKESI,  Cripriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.