Estimulação da Linguagem
A estimulação, para ser bem-sucedida, deve ser feita principalmente do zero aos três anos, e por isso, começaremos a estudar alguns exercícios de estimulação para serem feitos ainda no berçário.
Os exercícios mais importantes nessa fase são aqueles em que é trabalhado o reconhecimento do corpo, principalmente membros. E como na aquisição da Libras, é necessário uma boa coordenação de mãos e braços, comecemos então com eles.
Antes de começar a descrição, é muito importante que o ambiente em que se trabalhará a estimulação com o bebê esteja equipado. É necessário que tenham colchonetes, lençol de algodão, rolo de espuma ou plástico e uma bola de plástico grande e leve (daquelas de praia ou que se usa em aulas de Pilates). O ambiente deve ser limpo, calmo e bem ventilado. Se possível, coloque uma leve essência no ar para que fique ainda mais agradável e para que o bebê estimule a respiração também. Os exercícios a seguir deverão ser feitos, principalmente nos primeiros três meses de vida do bebê.
O primeiro exercício seria para descontrair o corpo. Coloque o bebê com o mínimo de roupa, se possível sem blusa, deitado de costas sobre a bola não muito cheia. Dê leves tapinhas na bola para que o bebê sinta o movimento e relaxe o corpo (braços, pernas, cabeça, costas). O bebê precisa se habituar à bola e com isso trabalhar segurança. O objetivo do exercício é a distensão corporal.
O próximo exercício é para trabalhar a abertura da mão. Deite o bebê de costas no colchonete, protegido com o lençol de algodão. Comece a acariciar o seu braço desde o ombro até a mão, passando pelos dedos. Faça esse exercício com um braço e quando o bebê abrir a mão passe para o outro braço. Nunca puxe o braço do bebê. Esse movimento deve ser bem suave e quando o bebê abrir a mão estimule-o a mantê-la aberta, passando a mão no próprio corpo ou no seu rosto.
O exercício a seguir é o cruzamento de braços. Deite a criança de costas no colchonete, protegido pelo lençol de algodão. Segure os antebraços do bebê e, com movimentos delicados, cruze os braços de modo que as mãos toquem os ombros opostos. Descruze os braços e relaxe a criança brincando com ela. Outro exercício que pode seguir a seqüência é o de descontração dos braços. Com a criança ainda deitada (no colchonete ou na bola de plástico), segure seus antebraços ou deixe que ela segure seu dedo polegar. Estenda os braços da criança para frente e depois os abra, delicadamente, em cruz. O objetivo desse exercício é a abertura dos braços.
Para o próximo exercício, usaremos o rolo de espuma. O movimento é bem simples e bastante conhecido. Proteja o chão com o lençol de algodão e deite a criança de bruços com os braços por cima do rolo. Segure o bebê pelas coxas e faça movimentos de vaivém. Coloque brinquedos na frente do bebê, para estimulá-lo a pegar. Atenção: o rolo não deverá ser muito alto, pois caso contrário, o exercício machucará o bebê. Esse exercício tem a finalidade de libertar os braços do bebê.
Para finalizar essa seqüência, segue um exercício respiratório. Deite a criança de costas no chão ou colchonete protegido pelo lençol de algodão e dobre as pernas dela. Levar as pernas dobradas de encontro ao abdômen, fazendo leve pressão. Espere a criança soltar a respiração e relaxe suas pernas. Repita esse movimento quatro ou cinco vezes.
Todos os exercícios descritos acima priorizam os membros superiores, mas com certeza, os membros inferiores devem ser trabalhados. Movimentos como levantar as pernas, movimentá-las como se o bebê estivesse engatinhando, passar as mãos nas pernas, passando pelos joelhos até chegar aos pés. Dobrar e esticar as pernas, passar algum material macio nos pés do bebê, para tonificar os músculos e trabalhar a sensação. Exercícios na frente do espelho também são bem-vindos, para que a criança se reconheça.
O mais importante de todos esses exemplos de exercícios é o toque. Para ter uma boa consciência corporal, a criança precisa ser acariciada, trabalhada, precisa sentir as mãos e o carinho de quem faz os exercícios com ela. São exercícios simples e que podem ser feitos em casa ou na escola. É por esse motivo, que os professores devem conhecer as diversas formas de estimulação, pois na maioria das vezes, são eles que trabalharão mais tempo com a criança. E para finalizar, respeitem o tempo de cada criança. Vocês perceberão que têm crianças que desenvolverão mais rápido que outras. O desenvolvimento é individual!
Fonte:campus20142.unimesvirtual.com.br/eduead/mod/book/view.php?id=30293 acesso em 19-08-2014
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