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22 de outubro de 2015

MISSÃO: Professor, sim senhor!


MISSÃO: Professor, sim senhor!



É muito difícil falar sobre a Educação em questões de valorização profissional, uma vez que os maus exemplos imperam em todos setores do Brasil, e como poderíamos impedir que o vírus da corrupção não chegasse a esse setor? Pátria Educadora, Investimentos em Educação e Formação de professores....tudo balela, coisas de Campanha Eleitoral, nem mesmo a menina dos olhos "PRONATEC" resistiu a bomba de "Eradilma".




A grande verdade é que os próprios professores (inconscientemente) deixaram ser levados por uma falácea da década de meados de noventa " Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional". onde seu texto original, não permitia uma interpretação clara e objetiva das matrizes do conhecimento por ciclos de aprendizagens.




Tampouco foram elaboradas estratégias para explanar aos professores as razões pelas quais essa lei seria implementada, seus objetivos, apresentação dos conteúdos da redação, como deveria ser trabalhado o ensino a partir dessa nova LDB, nada disso foi levado aos professores na sua essência da lei.




O que temos de concreto foram as versões equivocadas de uma pedagogia de autopromoção ou aprovação automática do aluno, ainda que não soubesse ler ou escrever, e como não era interessante desmentir os boatos.




Assim sendo essas falas foram "viralizando" os espaços de sala de aula, contaminando pais, professores e alunos de tal modo que parecia ser verdade, quando não era bem assim, mas não era interessante EDUCAR os profissionais da rede para o conteúdo real da legislação, ou então ENSINAR os professore como trabalhar essa nova prática pedagógica.




A visão deturpada da legislação levou muitos professores a desacreditar na Educação, e alguns até abandonaram a carreira e partiram para outros setores, a escola virou depósito de alunos, professores insatisfeitos, alunos eram cifras em sala de aula para percentuais de pagamento de bônus ou verbas para executar obras nas escolas, professores eram praticamente coagidos a "dar nota ao aluno" para não deixar transparecer a verdade sobre os níveis de aprendizagem dos alunos. Muitos professores desanimados chegaram até a abolir as provas ou avaliações de conteúdos, emfim foi o inicio do caos em nosso país.




Os poucos professores que insistiam em manter a essência da lei eram obrigados a preencher um dossier de papeladas e documentários da aprendizagem dos alunos, e acompanhamento dos pais, coordenadores, psicólogos, e outros, que na verdade eram fictícios, mas ao final os pais ou alunos entravam com recurso, e o moral dos professores ia por água abaixo, porque os próprios órgãos que deveriam ser favoráveis aos professores, davam méritos ao aluno.


E hoje, como falei em versos, resistimos por amor porque a escola atual está milhões de anos em descompasso com a realidade de nossos alunos.




Fala-se que eles (os alunos) não sabem ler, não gostam de estudar, mas na verdade, o que ocorre é que a escola deixou de ser um órgão do Educar para a cidadania, para ser um uma Organização Governamental de Assistencialismo e Paternalismo, e o professor é o ser DEZ em um, que exerce todas as funções de outros profissionais que deveriam atuar em conjunto na formação de novos integrantes á sociedade e á democracia como cidadãos de fato, e não projetos de aspirantes ao lado podre do conhecimento, que degenera o ser humano, e corrompe a sociedade.
Os poucos alunos que conseguimos salvar são os que nos fortalecem, e nos inspiram a continuar a nossa missão.

O que estamos vivenciando enquanto política é o retrato do caos da Educação no Brasil pois o professor é a única profissão que dá acesso as demais profissões, mas parece que isso não tem relevância numa sociedade ora comandada por elementos opostos ao que denominamos cidadãos de nobres palavras e nobreza de caráter.

Zilda Guerrero