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4 de abril de 2015

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NA PRÁTICA DA AVALIAÇÃO

O principal foco da avaliação deve ser a identificação do que o aluno sabe sobre o que está sendo estudado e o que é necessário aprender, fazendo uso das ações didáticas imprescindíveis à continuidade da aprendizagem. Assim, o professor terá condições de possibilitar aos alunos a apropriação dos usos e formas da escrita por meio das atividades iniciais que poderão identificar seus conhecimentos prévios. A ação avaliativa mediadora revela-se a partir de uma postura pedagógica que respeite os conhecimentos prévios e espontâneos dos alunos, partindo de procedimentos que os levem a refletir tal saber, instigando-os a buscar novas e diferentes soluções para as dificuldades de leitura, interpretação e produção textual. O educando deve estar apto para buscar as informações e principalmente saber selecioná-las, adotando uma postura criativa, com maturidade emocional para posicionar-se frente a qualquer escolha que venha a fazer, pois, com a complexidade que o mundo moderno apresenta, não basta mais ter conhecimento a respeito de um determinado assunto, resolver os problemas de qualquer forma, ou utilizando um determinado procedimento. Dentro dessa concepção, destaca-se a avaliação processual, na qual é imprescindível a observação individual e em grupo, atentando para o momento de construção argumentativa dos alunos. Antoni Zabala (1998, p. 198) ressalta a importância da avaliação mediante essa concepção construtivista do ensino e a aprendizagem como referencial psicopedagógico, assim como atenta para a função do professor neste processo: ...) o objetivo da avaliação deixa de se centrar exclusivamente nos resultados obtidos e se situa prioritariamente no processo de ensino/aprendizagem, tanto do grupo/classe como de cada um dos alunos. Por outro lado, o sujeito da avaliação não apenas se centra no aluno, como também na equipe que intervém no processo. Sendo assim, o processo avaliativo deve ser efetivado de forma gradativa como, por exemplo, através de leituras discursivas, da realização de atividades em grupo e individuais e das possíveis produções. Quanto ao acompanhamento do processo de produção, o professor deve adotar metodologias e indicadores capazes de conferir significado às informações, a tal ponto que possa colaborar para um bom desempenho dos alunos com a Língua Portuguesa, em especial, com o desenvolvimento da escrita; buscar a participação coletiva ou o envolvimento direto de todo o grupo; em especial buscar construir uma periodicidade do processo avaliativo, que lhe permitia fazer o levantamento das melhorias alcançadas. Dentro dessa lógica, alguns instrumentos podem ser tomados como base para o estabelecimento dos critérios de avaliação como, por exemplo, o texto escrito, o texto falado e o texto plástico. No texto escrito, podem ser observados: a compreensão e a identificação do tipo de texto (filosófico, subjetivo, objetivo, imagem, texto informativo, científico e/ou literário, poema e diretivo); o aspecto construtivo (formal); o aspecto expressivo (significativo); a organização dos períodos e parágrafos; a imprecisão vocabular; os aspectos gramaticais; a coerência; a coesão; e a apresentação (grafia, rasuras e/ou borrões). Já no texto falado: a argumentação; a expressividade; a coerência; e o respeito à fala dos colegas são imprescindíveis. Por fim, o texto plástico, onde se destacam a criatividade, a organização e a limpeza que faz parte de todos os procedimentos práticos. A funcionalidade desse procedimento avaliativo processual é de suma importância, pois a avaliação deve proporcionar ao aluno a consciência de seu percurso, de seu desenvolvimento, na apreensão gradativa das competências propostas. Contudo, o trabalho do professor é buscar sempre valorizar e estimular cada tentativa, cada conquista dos alunos, favorecendo, em todo momento, a valorização da auto-estima de cada um deles.