"Nos
tempos que correm somos praticamente todos leitores; mas cada vez menos leitores
de livros", afirma Costa. Lemos o tempo todo: e-mails, reportagens e
artigos enviados por e-mail, frases e histórias contadas por amigos nas redes
sociais, como Facebook e Twitter. Pulamos de um site a outro, seguindo os
assuntos e chamadas que capturam nossa atenção, mesmo que apenas por alguns
segundos. Mas será que toda essa atividade faz bem ou mal para nossos hábitos
de leitura? A discussão não é gratuita: para um texto ganhar vida, ele precisa
da interação com o leitor, e a forma como ele vai interagir com o texto vai
alterar sua percepção do conteúdo. Quando lemos, lemos de um determinado lugar
e em uma condição histórica. As palavras, sem ninguém para lê-las, não são
grande coisa.
O autor aborda sobre uma conseqüência do mundo totalmente
midiatizado e altamente visual, as pessoas do século XXI estão cada vez mais
interligadas e conectadas ao consumismo de imagens e desejos capitalistas
esquecendo-se de que a leitura é imprescindível até para o transporte aos links
desejados ou fazer qualquer operação de pagamento, compra, pesquisas, estudos
on line, entre outros, se a pessoa não souber ler e interpretar os diversos
conhecimentos existentes, não saberá navegar aos interesses desejados sem a
ajuda de alguém, tornar-se o mesmo analfabeto, só que agora, será o analfabeto
digital.
Quanto ao livro físico, é uma questão de cultura, alguns lêem
mais outros menos, mas nem por isso, acredito que a tecnologia poderá
substituí-los, pois esses fazem parte de um acervo cultural e patrimônio da
humanidade, e aqueles que são adeptos a boa leitura folheada nas pontas dos dedos,
não perderão esse bom hábito.
Em tempos de revolução da internet, midiatização tecnológica e visual, cada um será responsável por sua aprendizagem e conhecimento, quanto aos avanços e retrocessos intelectuais continuarão sobressaindo os que são adeptos e apaixonados por novos experimentos e descobertas que se só adquire pelo viés da pesquisa e leituras.
Portanto cabe a nós professores, o incentivo, a divulgação, testemunhos, e propagação da cultura do livro, lido com ênfase, pausa, destaque, suspense, emoções, sentimentos, declamações, gestos, cores, paisagens, fazendo que o aluno viaje e se encante por esse mundo fantástico da leitura.
Análise por: Zilda Guerrero
