Translate

4 de outubro de 2014

"MINHA ESCOLA, NOSSA ESCOLA: "E.E. BOM PASTOR II"- UMA ESCOLA QUE PLANTA LABOR E SEMEIA O AMOR"



FORMAÇÃO DOCENTE, PARCERIAS E INTERCÂMBIO ENTRE A ESCOLA E COMUNIDADE: FATORES PARA UMA TRANSFORMAÇÃO SÓCIO CULTURAL”.
 MODELO DE RELATÓRIO DE ESTÁGIO.

         ”Os saberes e o fazer pedagógico” (Freire, 2000), o autor propõe práticas a partir de um trabalho pautado nas relações da pessoa humana e as ações de interpessoalidade presente em qualquer grupo social e formas para utilizar essas relações em grupos de estudos onde as múltiplas aprendizagens são todas compartilhadas e ouvidas pelos professores a fim de socializar essas informações dentro dos principais conteúdos que necessitam ser apreendidos pelos alunos.


         Para tal abordagem o professor deve saber da importância da co-responsabilidade de sua formação docente saber qual a melhor forma para atuar no mundo altamente visual, onde aulas de ordem expositivas já não são mais interessantes aos alunos desse século, e não é mais referência de modismo pedagógico para o perfil social exigido na escola atual.


              Nesse aspecto podemos concluir por meio dos excelentes projetos e atividades realizadas na  e para á escola, que nossa escola é um grande exemplo de profissionais ( equipe gestão, funcionários, discentes colaboradores, serventes, inspetores, secretários, docentes sem discriminação alguma a rótulos) muito empenhados, e dedicados na qualidade da Educação nas diferentes modalidades do conhecimento. 


             É fato que o professor que estiver sempre se atualizando, interagindo com seus pares sobre conteúdos de sua disciplina, participando de fóruns, workshops, realiza leituras regularmente, faz cursos de formação e capacitação em diferentes temas ligados á sua graduação, entre outras possibilidades de aprendizagens, com efeito, esses professores terão maiores chances de realizarem seu trabalho com maior desempenho e objetividade pedagógica, conforme declara LEAL (2004,p.21):

“Saber”-fazer é sobre tudo saber SER um educador, todos os dias, de qualquer modo, de todos os jeitos, assumindo o compromisso de formar alunos para serem sujeitos, participantes e autores da história: “é necessário não só conhecer a ciência, mas ter alma de educador, voltando-se para a vida e para as utopias”.  


        Contrapondo nossas concepções ás de LEAL (2004, p.2), pois não é sempre que podemos realizar nossas funções de encerrar as atividades do dia com um final feliz, pois há dias em que as coisas não acontecem da maneira como planejamos, por isso é sempre necessário poder contar com a participação da comunidade dentro do universo escolar, pois a parceria com os pais é uma das características principais de uma gestão democrática e comprometida com sua clientela, e qualidade da Educação de sua unidade escolar.


         Entretanto, apesar de contarmos com algumas classes numerosas, o corpo docente é muito unido e compromissado com a aprendizagem dos alunos e os projetos sempre somam novas expectativas em relação aos conteúdos interdisciplinares, fato esse, que acreditamos não oportunizar momentos ócios e propício ás indisciplinas, mesmo assim pais voluntários sempre estão dispostos a colaborar com a escola, principalmente quando existem propostas envolvendo atividades abertas a comunidade extraescolar.


        Ao trabalharmos com comunidades situadas na periferia e carentes de muitas necessidades básicas, literalmente á vida: saúde, água, lazer, transporte, moradias, e, como boa parte dos alunos recebem o auxílio “Bolsa Família do Governo Federal” contamos com boa frequência e compromisso dos pais em relação ás atividades de lições de casa, solicitação de livros para leituras na biblioteca, comparecimento dos pais quando solicitados, e projetos são sempre bem aceitos, sendo destaque a festa junina, a Festa das Nações, Semana da criança, e o Halloween.


TARDIF (2002, p. 128) propõe uma pedagogia que priorize a “tecnologia da interação humana, colocando em evidência, ao mesmo tempo, a questão das dimensões epistemológicas e éticas”, apoiada necessariamente em uma visão de mundo, de homem e sociedade.



          Nesse sentido, uma prática pedagógica precisa ter dinâmica própria, que lhe permita o exercício do pensamento reflexivo, conduza a uma visão política de cidadania e que seja capaz de integrar a arte, a cultura, os valores e a interação, propiciando, assim, a recuperação da autonomia, e isso, percebemos no grande número de público presente nos eventos promovidos pela escola principalmente nesses projetos que já são marcas registradas do Projeto pedagógico da Unidade Escolar.


               Em relação as atividade para melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar outros projetos são realizados visando alertar pais e alunas sobre riscos de gravidez na adolescência (Palestras), Teatros, Visitas a Museus, Projetos Interdisciplinares,  Programa escola da família; onde acontecem inúmeros outros projetos visando um comprometimento moral e intelectual dos envolvidos (alunos, professores, gestores e comunidade). São oferecidos pela gestão da escola, universitários do PROUNI, Amigos da Escola e universidades conveniadas ao projeto, portanto a escola funciona de segunda a segunda, e a procura por cursos sempre acontece, com demanda muito positiva, correndo muitas vezes até fila de espera para cadastros reservas nos cursos.



A noção de sujeito passa a implicar, dessa forma, a premissa de lugar institucional, a partir do qual ele pode ser regionalizado no mundo; sujeito (sempre) institucional, portanto. Ele é estudante de determinada escola, aluno de certo(s) professor (es), filho de uma família específica, integrante de uma classe social, cidadão de um país, e assim por diante.  Guimarães (1996b)



             Outro ponto de destaque relevante é a conscientização dos pais em relação á vida escolar dos filhos, e a cobrança de comportamentos adequados á uma sala de aula, uniforme sempre cobrado e exigido, além de cobranças á direção sobre faltas de professores, mas como temos vários casos por motivos de saúde, reuniões são realizadas com a direção escolar e a comissão de pais para esclarecer ás famílias sobre os casos de professores ausentes, mas sempre existem professores disponíveis para substituir as faltas desses.


         A integração escola – posto de saúde também  auxilia muito nosso público alvo, pois as crianças são encaminhadas e assistidas regularmente em  todos os sentidos, inclusive aos sábados.


         Entretanto nem tudo são flores, há problemas com drogas, bullying, violência física, não realização das atividades propostas e indisciplinas, porém contamos com câmeras em todas as salas de aulas, o que favorece a imediata presença de  um dos gestores para auxiliar professores e alunos na resolução de problemas disciplinares, em casos de conflitos em âmbito de violência, repúdio, constrangimento, ou discriminação, entra em ação o professor mediador.                            


       Esse trabalho é efetuado pelo professor mediador de conflitos em busca de mudanças no comportamento dos alunos por meio do diálogo constante, orientação sobre as normas regimentais da unidade escolar com abordagens contextualizadas.


          Quando necessário o professor medidor de conflitos, convida os pais por meio de solicitação via telefone e/ ou comunicado levado pelo aluno.  O aluno com advertência só retorna á classe quando se sentir pronto para pedir desculpas á professora e aos colegas da classe pelo infortúnio causado por não saber como se comportar dentro da sala de aula. Portanto, acreditamos que estamos caminhando em direção aos três temas propostos para cumprirmos com nossa missão de acordo de garantir a cidadania de todos.


           Baseado  nas informações coletadas, e nas atividades de intercâmbio promovidas, A integração escola – posto de saúde também auxilia muito nosso público alvo, pois as crianças são encaminhadas e assistidas regularmente em todos os sentidos, inclusive aos sábados, podemos dizer que essa escola ainda será um grande modelo em Educação.


       Dessa forma acreditamos que nosso trabalho tem contribuído muito á formação de jovens conscientes, críticos e capazes de transformar não somente o local onde estão inseridos, bem como a sociedade além da vida intra-escolar. 


                REFERÊNCIAS

F FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 

GUIMARÃES, A. Indisciplina e violência: a ambigüidade dos conflitos na escola.
Indisciplina na escola. São Paulo: Summus, 1996.

LEAL, Leiva de Figueiredo Viana. Sujeito letrado, sujeito total: implicações para e letramento escolar. In: Letramento: significado e tendências. (orgs.) Maria Cristina de Mello e Amélia Escotto do Amaral Ribeiro , Rio de Janeiro, WAK,2004.

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993.

TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 3.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.