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29 de setembro de 2014

Mesa Redonda - Debates: Qual Museu? (Parte 3)

A Comunicação Verbal e não-verbal



A Comunicação Verbal e não-verbal
A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.
Esquema da Comunicação de R. Jakobson:
Contexto
EmissorMensagemReceptor
Contacto
Código
Para se estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de de elementos constituídos por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a comunicação se processe efectivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida e descodificada pelo receptor, por isso é necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código (conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efectivo contacto através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou factores falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo o fenómeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua perfeita recepção ou descodificação por parte do receptor.
Elementos da Comunicação:
- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos;
- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;
- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.
LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);
LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.
Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção involuntária ou um acto comunicativo propositado.
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interacções sociais e de expressar emoções e etitudes interpessoais.
a) expressao facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.
b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça, provocação.
Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse.
c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.
d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.
e) comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.
f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc, as pessoas criam uma projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projecção particular e se os outraos respeitarem essa projecção.
Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

FONTE:http://campus20142.unimesvirtual.com.br/eduead/pluginfile.php/21352/mod_resource/content/3/Comunica%C3%A7%C3%A3o_verbal_naoverbal.htm  acesso em 30/09/14 ás 00:33min.


Como medir tudo o que há?



Como medir tudo o que há

As turmas do 1º ao 5º ano vão aprender a diferenciar peso, volume, área, comprimento e outras grandezas usadas no dia-a-dia


MEDIDAS-PADRÃO - Para verificar volumes, as crianças manuseiam xícaras e diversos recipientes dosadores. Foto: Rogério Albuquerque e Ilustração: Carlo Giovani
MEDIDAS-PADRÃO - Para verificar volumes, as crianças manuseiam xícaras e diversos recipientes dosadores. Foto: Rogério Albuquerque e Ilustração: Carlo Giovani
Vamos ver quem é o mais alto da turma? Qual é a mochila mais pesada? Quantos metros têm as paredes da nossa classe? Na Educação Infantil, é bastante comum propor às crianças atividades como essas. Sem dúvida é uma boa maneira de introduzir o trabalho com grandezas e medidas. Porém, geralmente não há aprofundamento do conhecimento. Para que isso ocorra, deve haver muita discussão entre a garotada e, depois, intervenções do professor para organizar as informações. "É preciso que a abordagem vá além e o conhecimento seja sistematizado", diz Priscila Monteiro, formadora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita.
Medir é comparar grandezas da mesma natureza. No ensino desses conteúdos há três objetivos principais. O primeiro é fazer com que as crianças saibam o que será mensurado: o peso de um objeto, a capacidade de um recipiente, o comprimento de um espaço ou o tempo. O passo seguinte é escolher o instrumento adequado a cada situação para, por último, decidir que unidade expressa o resultado. Para atingir essas metas, o processo de aprendizagem fica mais completo quando o trabalho é iniciado com a valorização e o uso de métodos não-usuais - na verdade, já utilizados pelas crianças em situações cotidianas.

"O raciocínio em cima de medidas não-convencionais ajuda a entender que, dependendo da situação-problema, às vezes há necessidade de uma resposta exata e, em outras, dá para resolver com uma aproximada", diz Célia Maria Carolino Pires, professora do Departamento de Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e coordenadora dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (leia mais na entrevista).

Ladrilhos e copos 
Isso significa que, antes de falar em litro, quilograma e metro, é imprescindível usar, por exemplo, ladrilhos para comparar comprimentos, copos para volumes, e palmas em música para quantificar o tempo. Métodos não-convencionais, aliás, foram a origem dos sistemas de medida (conheça mais no quadro). É possível desenvolver diversas atividades exploratórias. Alguns exemplos:

- Comparar o tamanho do passo de uma criança com o de outra ou com o de um adulto. Os alunos perceberão as diferenças, mas somente com a intervenção do professor conseguirão constatar que, quanto maior a unidade (o passo), menos unidades são necessárias para percorrer determinada distância. E vice-versa.

- Pensar diferentes organizações para as mesas da sala de aula sem deslocá-las. Ao estimar que o piso de um lado da sala tem 30 lajotas e que as carteiras ocupam quase três delas, fica fácil concluir que não se podem colocar dez mesas em uma só fileira (vai faltar espaço para circular).

- Determinar o tempo de cada um brincar no balanço antes de ceder a vez ao próximo recorrendo à contagem das "balançadas" ou a uma música ritmada.

- Descobrir o volume de uma piscina de plástico usando a unidade balde.

- Outro ponto importante é criar situações de comunicação em que seja necessário estabelecer um padrão para chegar à solução. Que tal encomendar a uma loja um pedaço de tecido para cobrir a mesa da professora? Dizer ao vendedor que o móvel mede quase cinco estojos de comprimento por três de largura não será suficiente para a compreensão do tamanho desejado.

Unidades padronizadas
Problemas de medida inter-relacionam o uso de números com questões de espaço e de forma 

Nessa hora fica claro que é preciso partir para os padrões convencionados pela sociedade. Desde a Educação Infantil, as turmas que têm contato com calendários e relógios compreendem com mais facilidade como se dividem e se organizam as unidades de tempo (minutos, horas, dias, meses etc.). Também é interessante colocar as crianças em contato com balanças, trenas, copos dosadores etc. e ensinar a manipulá-los. Ao usar uma fita métrica para conhecer o comprimento, mostre a importância de coincidir a extremidade do objeto com o zero da fita, e não com o 1. Ou prestar atenção se o mostrador da balança se encontra no zero antes de pesar qualquer coisa.

A partir do 4º ano, os alunos são levados a compreender a organização dos sistemas de mensuração dos instrumentos - um trabalho que se aprofunda no 5º ano. Ao entender que mil gramas equivalem a 1 quilograma, que mil quilogramas são 1 tonelada e que mil mililitros, 1 litro, há a reflexão sobre a unidade mais conveniente para expressar o peso aproximado de um inseto ou de um caminhão. Afinal, repetir uma unidade mil vezes dá mais margem a erro. Cartazes com a tabela de equivalência do sistema métrico decimal (veja modelo abaixo) podem ficar disponíveis para consulta até o 5º ano.

As medidas e os racionais 
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
"Grandezas e medidas são um tema integrador, pois conseguem interrelacionar o uso de números com questões de espaço e forma, como perímetro e área", diz Mara Sueli Simão Moraes, professora a licenciatura em Matemática da Universidade Estadual Paulista, no campus de Bauru, em São Paulo. Ela ressalta que, além dos conteúdos específicos, há a possibilidade de explorar os números racionais - tanto em notação fracionária (1/2 metro, 1/4 de quilo etc.) como decimal (0,5, 0,25...): "Os alunos perceberão que nem sempre a unidade escolhida ‘cobre’ perfeitamente o objeto. Quando sobra uma parte, ela pode ser expressa em números racionais, ligados à divisão. Essa relação deve ser evidenciada pelo professor".

Problemas de cálculo de área e perímetro são trabalhados durante o Ensino Fundamenral em três áreas da Matemática: na geometria, no campo multiplicativo (nas atividades de organização retangular) e também em grandezas e medidas (com metros quadrados etc.). "A partir do 4º ano, pode-se iniciar a apuração de ângulos, passando a trabalhar no 5º ano com conceitos e cálculos mais sofisticados", afirma a consultora Priscila Monteiro. Só assim as grandezas e as unidades a elas relacionadas podem fazer sentido nessa etapa em que algumas fórmulas entram em cena.

Tabelas de conversão
Tabela mm, cm, m, km
Tabela mm, cm, m, km




Tabela de transformação
Tabela de transformação





5 perguntas 
Célia Maria Carolino Pires. Foto: Rogério Albuquerque
Célia Maria Carolino Pires. Foto: Rogério Albuquerque
Por que ensinar grandezas e medidas no Ensino Fundamental?

Esse é um conteúdo de relevância social, pois nos envolvemos diariamente com situações que envolvem mensurar tempo, temperatura, comprimento, massa, capacidade e grandezas geométricas como perímetro, área e volume. O tema também proporciona situações interessantes em que o professor consegue articular diversos campos matemáticos, como a aritmética, a geometria e a álgebra.

Qual é a importância de a criança experimentar unidades convencionais e não-convencionais?
Usando unidades informais, os estudantes perceberão que medir é comparar grandezas. Porém, com atividades bem elaboradas, eles notarão também que o uso social exige que haja uma padronização. É também uma possibilidade de identifi car as propriedades de objetos que possam ser medidos, escolher instrumentos e unidades e estabelecer comparações entre elas.

Que saberes específicos dessa área devem ser ensinados desde as séries iniciais?
A introdução desses conteúdos deve ser feita ainda na Educação Infantil. Ao longo de todo o Ensino Fundamental é possível planejar situaçõesproblema envolvendo medidas de comprimento, temperatura, capacidade, massa e tempo. Já as grandezas geométricas, como perímetro e área, se iniciam a partir do 4º ano, mas sempre com ênfase na compreensão, e não como mera aplicação de fórmulas.

Como lidar em sala de aula com os sistemas de medição para que eles tenham sentido para as crianças?
Organizando projetos nos quais se investiguem o uso e a história das medidas que fazem parte do dia-a-dia e planejando seqüências didáticas que permitam a apropriação do processo de medição e do uso dos instrumentos adequados. As propostas devem criar situações capazes de estabelecer relações entre as diversas grandezas e medidas com o uso de números naturais e racionais, além de estimular a prática de estimativas. Tudo isso contribui para a sistematização progressiva dos sistemas de medidas e das conversões entre diferentes unidades.

Em que aspecto o aprendizado sobre medidas ajuda na compreensão dos números racionais?
A articulação entre esse conteúdo e o sistema de numeração é necessária na medida em que problemas como cálculo da área de uma superfície relacionam dois pólos de concepções - as geométricas e as numéricas. As situações de aprendizagem em sala de aula devem estabelecer articulações entre esses pólos. A falta de articulação acaba levando a alguns erros que são observados com freqüência no decorrer do processo educativo: por vezes as crianças só consideram os aspectos numéricos, ou seja, as medidas de comprimento da figura.
E assim nasceu o metro... 
A humanidade inventou várias maneiras de fazer medições, como as citadas neste quadro. Só no século 18 o sistema métrico decimal começou a ser elaborado. Até então se usava na França o pé-de-rei. Com a queda da monarquia naquele país, a Academia de Ciências de Paris sugeriu adotar uma referência invariável: a décima milionésima parte do comprimento de um quarto do meridiano terrestre. Depois de sete anos de estudos para conhecer a distância entre os pólos, o novo padrão recebeu o nome de sistema métrico decimal (do latim metru, medida). Utilizando correspondências físicas com outras grandezas, foram definidos o litro e o quilograma. Os territórios dominados pela Inglaterra, inimiga política da França, continuaram a usar pés, polegadas e libras, sistema baseado em medidas do corpo que não têm equivalência com o métrico decimal.

O CORPO COMO MEDIDA
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
Quando deixou de ser nômade, o homem sentiu necessidade de medir o tamanho de suas terras e construções. As primeiras formas de quantificar as grandezas apareceram no Egito, com base no tamanho de pés, palmos, polegadas e na distância entre a ponta do nariz e a extremidade do dedo médio (o côvado). Elas foram adotadas por gregos e romanos.



PADRÃO SAGRADO
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
Na Idade Média, as unidades de medida continuavam imprecisas e os instrumentos aferidores, raros. Nessa época, um hábito tornou-se comum na Europa: esculpir na parede externa de igrejas e castelos, em baixo-relevo, a medida de um côvado. O padrão ficava disponível para consulta e era acima de qualquer suspeita, já que assumia um caráter sacrossanto.




VALE QUANTO PESA
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
As primeiras balanças surgiram no Egito para quantificar o peso de metais preciosos. Nos mais diferentes cantos do mundo, porém, as unidades de medida de massa não foram incorporadas ao cotidiano, pois era mais útil determinar o volume para resolver situações cotidianas: na compra de alimentos ninguém falava em gramas, mas em cuias.



ESPECIALISTA EM PASSOS
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
No século 4 a.C., o imperador Alexandre Magno criou uma profissão em seus domínios: o bematistai. Esse funcionário público media distâncias em passos. Cada mil deles equivaliam a 1 milha, unidade que se consagrou na medição de comprimentos e até hoje é utilizada nos países que tiveram influência da cultura anglo-saxã.



GRÃO DO SAPATO
Ilustração: Carlo Giovani
Ilustração: Carlo Giovani
Em 1305, o rei Eduardo I, da Inglaterra, determinou que 1 polegada seria igual a três grãos secos de cevada dispostos lado a lado em seu comprimento máximo. A idéia não vingou, mas essa medida foi adotada para determinar a numeração de calçados: um sapato de tamanho 37, originalmente, equivalia a 37 grãos secos alinhados.

Tudo sobre Matemática do 1º ao 5º ano












Inglês com Música: Adele - Someone Like You

D-20: Grandezas e Medidas: medir, estimar e comparar

AS DIFERENÇAS ENTRE LIBRAS E LÍNGUA PORTUGUESA

AS DIFERENÇAS ENTRE LIBRAS E LÍNGUA PORTUGUESA


As diferenças entre Libras e Língua Portuguesa

Artigo por Colunista Portal - Educação - sexta-feira, 15 de junho de 2012


As diferenças entre Libras e Língua Portuguesa
Libras: é uma língua visual-espacial; baseada nas experiências visuais das comunidades surdas, mediante as interações culturais surdas; apresenta uma sintaxe espacial incluindo os chamados classificadores; utiliza a estrutura de foco por meio de repetições sistemáticas; utiliza as referências anafóricas por intermédio de pontos estabelecidos no espaço que exclui ambiguidades; não tem marcação de gênero; atribui um valor gramatical às expressões faciais; coisas que são ditas nas línguas de sinais não são ditas usando o mesmo tipo de construção gramatical da língua portuguesa. Assim, há vezes que uma grande frase é necessária para dizer poucas palavras em uma ou outra língua; a escrita não é alfabética.

Língua portuguesa: é uma língua oral-auditiva; baseada nos sons; usa uma sintaxe linear, utilizando a descrição para captar o uso de classificadores; este processo não é comum na Língua Portuguesa; utiliza referências anafóricas, mas algumas frases apresentam ambiguidade; o gênero é marcado a ponto de ser redundante; atribuir um valor gramatical às expressões faciais não é considerado como relevante, apesar de poder ser substituído pela prosódia; a escrita é alfabética.

No ensino comum, a Língua Portuguesa para surdos vem sendo ministrada inadequadamente, num contexto de metodologias que consideram o Português como língua materna, não considerando as especificidades do processo de ensino de uma língua oral-auditiva a um usuário de uma língua visual-espacial. Isso leva a um alto índice de fracasso.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/13504/as-diferencas-entre-libras-e-lingua-portuguesa#ixzz3EjkUjToS

CHAPEUZINHO VERMELHO EM LIBRAS

Gramática De Libras

MONTESSORI E AS "CASAS DAS CRIANÇAS"

MONTESSORI
E AS "CASAS DAS CRIANÇAS"

                                          Cristiane Valéria Furtado do Nascimento
                                          Márcia Andréa Soares de Moraes
                                          Alunas do 2o período do curso de Pedagogia
                                          das Faculdades Integradas Simonsen





      Maria Montessori era uma educadora italiana, nasceu em 1870 e morreu em 1952. Doutorou-se em medicina pela Universidade de Roma. Aos 25 anos começou a dedicar-se às crianças anormais(*), na clínica da universidade citada acima.
      Nessa época, Séguin era muito conhecido pelas suas idéias relacionadas ao tratamento e à educação dos anormais. Montessori tomou as idéias de Séguin como ponto de partida para o seu próprio trabalho. Fez viagens de estudo à França e a Inglaterra.
      Montessori mudou os rumos da educação tradicional, que dava maior privilégio à formação intelectual. Emprestou um sentido vivo e ativo à educação. Destacou-se pela criação de Casas de Crianças, instituições de educação e vida e não apenas lugares de instrução.
      Voltando para a Itália, passou a se dedicar à formação de professores para a educação de anormais. Ela observava muito e por isso descobria defeitos das escolas comuns e começou a experimentar em crianças de evolução regular os procedimentos utilizados na educação dos anormais.



Maria Montessori

      O movimento da educação nova, na Itália, começou com a Dra Maria Montessori e suas Casas das Crianças. Elas não visavam à instrução somente, mas eram locais de educação e de vida; realizavam, enfim, a educação completa da criança. A primeira "Casa dei Bambini", como era chamada na Itália, foi fundada em Roma, em 1907.
      O método Montessori foi um dos primeiros métodos ativos quanto à criação e aplicação, seu principal objetivo são as atividades motoras e sensoriais visando, especialmente, à educação pré-escolar, trabalho também estendido a segunda infância.
      Mesmo considerando que o método Montessori surgiu da educação de crianças anormais, ele está bem diferente, no mundo, na educação de crianças normais. É um método de trabalho individual, embora tenha também um caráter social, uma vez que as crianças, em conjunto, devem colaborar para o ambiente escolar. O seu material é voltado à estimulação sensorial e intelectual.
      A primeira Guerra Mundial diminuiu o ardor pelo sistema de jardim de infância e por todas as coisas alemãs. Paralelo a este acontecimento, surgiu a técnica admirável da Dra Maria Montessori.
      Faz-se importante citar que o movimento das Escolas Novas em oposição aos métodos tradicionais, não respeitavam as necessidades e a evolução do desenvolvimento infantil.
      Os princípios da nova pedagogia inspiravam verdadeiras reformas educacionais. Em 1946 ocorreu, em Paris, o primeiro Congresso da Educação Nova. Os trabalhos apresentados refletiam nas realizações já conquistadas, bem como destacavam os aspectos que ainda deveriam ser conseguidos.
      Neste contexto da Escola Nova, Maria Montessori, ocupa papel de destaque pelas novas técnicas introduzidas nos jardins de infância e nas primeiras séries do ensino formal. Seus jogos são atraentes e instrutivos; apesar dessa contribuição da educadora e médica italiana, ela não é a pioneira exclusiva do movimento, mas uma importante parte dele.
      Há mais de dois séculos atrás, surgiram pioneiros preocupados com a liberação da criança, tentando inverter o ciclo vicioso vigente; em vez do aluno girar em torno de uma instrução arbitrária, a escola deveria girar em torno do aluno.
      Foram os educadores médicos, que se constituíram na expressão mais fiel dessa nova educação. São eles: Itard, Séguin, Montessori e Decroly, porque eles reuniram as condições essenciais para que a reforma educacional ocorresse.
      Da educação terapêutica partiram para a educação das crianças normais; seus métodos consideraram as fases de desenvolvimento infantil e as diferenças individuais, preocupando-se com o corpo e o espírito do aluno e o seu processo de adaptação à vida.
      A obra de Montessori pelo envolvimento interior que buscou de cada indivíduo diante do processo educativo, pelos meios elaborados da sua proposta e sua relação dinâmica com o meio. Foi Ovide Decroly quem realizou as suas concepções educacionais de maneira mais perfeita e conveniente. Ele é a grande figura pedagógica de nossa época.
      Na obra desses médicos-educadores percebe-se, com clareza, a preocupação em conhecer a criança, senti-la nos vários aspectos de sua personalidade, atender às diferenças individuais de modo que o educando se liberte interiormente e livremente para que se adapte à vida social. E a educação possibilitaria ao indivíduo ter as suas necessidades satisfeitas e ao educador caberia criar condições para que o educando atingisse essas metas. O trabalho e o jogo, as atividades prazerosas, a formação artística, uma sociedade mais intensa colaboravam para desenvolver a personalidade integral.
      A ênfase de Montessori voltava-se mais para o ser biológico do que para o social, destacando que a concepção educacional é de crescimento e desenvolvimento, mais que de ajustamento ou integração social, considerando que a vida é desenvolvimento, Montessori achava que à educação cabia favorecer esse desenvolvimento. E a liberdade como condição de expansão da vida constituía-se num princípio básico. Essa concepção influenciava a organização do ambiente escolar; sem carteiras presas e sem prêmios e castigos, a criança deveria manifestar-se espontaneamente; o bem não poderia ser concebido como ficar imóvel, nem o mal como ficar ativo. A atividade e a individualidade formavam, juntamente com a liberdade, os princípios básicos do sistema Montessori.
      O espírito da criança, para a educadora italiana, se formaria mediante os estímulos externos que precisam ser determinados.
      Referindo-se aos fundamentos da didática montessoriana, a criança é livre, mas livre apenas na escolha dos objetos sobre que possa agir. Esses objetos são sempre os mesmos e típicos para cada gênero de atividade. Daí, o conjunto de jogos ou material que criou para os jardins de infância e suas lições materializadas para o ensino primário.
 

(*) Termo utilizado na época. Atualmente usa-se a expressão "necessidades especiais". 


Texto reproduzido com autorização das alunas
Cristiane Valéria Furtado do Nascimento e Márcia Andréa Soares de Moraes




ALGUNS MATERIAIS MONTESSORI




ALGUNS SITES MONTESSORI



Constructor Sui - Gávea - Rio de Janeiro
Amanda Oliveira Rabelo - Rio de Janeiro
Indústria e Com. de Artefatos de Madeira Chueiri Ltda. - São Paulo
Escola Montessoriana - Chapecó - Santa Catarina
Reino Encantado - Brasília
Aldeia Montessori - Rio de Janeiro
Escola Bosque - São Paulo
Tip Toe School - São Paulo
Grandes Mestres da Educação - Profa. Vera Zacharias, São Paulo 

28 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E A FUNÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO DENTRO DESSE CONTEXTO



A IMPORTÂNCIA DA  DISCIPLINA DE CIÊNCIAS  NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO 

FUNDAMENTAL

E A FUNÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO NESSE CONTEXTO


    Acreditamos que a importância do Ensino de Ciências esteja atrelada ao fato de despertar no aluno curiosidades de pesquisas (inatas ao ser humano), pois todos nós temos a curiosidade de sabermos nossas origens, como, e para quê viemos? A disciplina de Ciências ensinada já nas fases iniciais do ensino fundamental consiste numa forma de motivar a criança para um novo letramento, e consequentemente favorecerá o intercâmbio entre as demais disciplinas. 

    Nesse contexto é de suma importância a participação do professor na escolha de atividades desafiadoras e investigativas, que promovam no aluno o desejo do reconhecer-se como parte do mundo, aprender formas de agir e interagir nele de maneira responsável e construtiva, atuando enquanto ser agente e transformador desse universo científico.

    Referente à utilização do livro didático postulamos que sua manipulação permite ao aluno a busca de informações mais íntimas, e que por vezes alguns alunos mais reservados, não dispõem de segurança para questionar aos professores sobre fatos nem sempre pertinentes ao contexto da aula em questão, mas nem por isso deixam de ser relevantes; tais como: funcionamento do corpo humano, concepção, namoro, sexo, gestação, doenças sexualmente transmissíveis, como utilizar preservativos, gravidez, entre outras curiosidades. 

   Assim sendo, ele também fornece subsídios e recursos visuais que são muito próximos ao mundo dos jovens, e a linguagem acessível tende á promover a independência social, sexual, política, aquisição da consciência do cuidar do meio ambiente, respeitar e valorizar seu corpo, a natureza, a autoestima, a interação professor-aluno, além de incentivar a formação autoral dos alunos como protagonistas de projetos vinculados á harmonia entre o homem e natureza de forma a construir um perfeito equilíbrio entre ambos. 

   Dessa forma, as aulas de Ciências devem destacar o caráter de empresa vital, humana, fascinante, indagadora, aberta, promoção da argumentação criativa e analítica, a fim de comprovarem a veracidade da atividade científica, ou discordarem, promovendo teses, novos experimentos... 

  Portanto, o livro didático tende a corroborar com esse despertar do aluno á iniciação científica, porém não deve ser a única fonte de pesquisas, correndo o risco de ser utilizado a tornar o ensino de Ciências em mera literatura ou cópias sem nexo cultural.

            REFERÊNCIAS

BETINI, G. A. A construção do projeto Político-pedagógico da escola. Revista Ped. Espírito Santo do Pinhal (São Paulo), v. 1, n 3,2005.

BRASIL, Ministério da Educação e de Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1998. 436p.


COLL, C. Pscología y currículum. Barcelona: Laia, 1987

Expor o educando por si só á conexões de computadores de última geração garante aprendizagem?


“Atualmente, inclusão digital tornou-se um jargão comum nas principais falas de políticos e empreendedores de cursos de formação, mas é preciso saber que a inclusão digital não implica somente que o internauta saiba ligar o computador e sair clicando, pois isso não lhe garantirá aprendizagem construtiva. A interface é um sistema complexo e requer além da leitura, no mínimo, o auxílio de um professor mediador para direcionar o aluno ás necessidades de aprendizagens do educando.”


Zilda Guerrero

27 de setembro de 2014

O valor dos procedimentos no trabalho em arte



Artigo | Monique Deheinzelin

O valor dos procedimentos no trabalho em arte





A arte, como um desenho, uma pintura ou uma escultura ganham existência? O como da pergunta indica um plano procedimental na criação de algo que, para vir a se tornar um objeto, depende de nossa ação. Nas crianças, o pensamento sensório-motor caracterizado pelo binômio sentir e agir está na gênese do conhecimento. Afetos, emoções e sentimentos, ao mesmo tempo, desencadeiam ações internas e externas e são transformados por essas ações, o que nos habilita a dizer que as ações transformadoras têm sempre uma mobilização estética. Durante o período sensório-motor, essa mobilização estética possibilita a sobrevivência em uma gama de aprendizagens que constituem, simultaneamente, conhecimento de si próprio e do mundo. É a dinâmica desse movimento entre o mundo interno e o externo que está na origem da criação de todo conhecimento. E a nossa mobilização estética, a mola propulsora desse movimento e o seu regulador, rege e baliza a criação. Em arte, estética é propulsora da ação e não atribuição do belo a algo pronto. 



Para compreender como se dá essa ação, propusemos a crianças de 1 ano e meio a 10 anos a geração de novas cores com base nas primárias: azul, amarelo e magenta. A proposta realizada com as crianças na creche Casa do Aprender, em Osasco, região metropolitana de São Paulo, abriu um universo de possibilidades - brincando com as cores, elas revelam o segredo da criação. A gênese da pintura em seu trabalho autorregulado e disciplinado aparece como uso da cor que é fenômeno, ritmo do gesto com pincel, a fluidez da tinta com mais ou menos água. A implantação da imagem no branco do papel deve-se a coordenações cognitivas sucessivas e simultâneas: geração de novas cores, pinceladas que envolvem as anteriores, ajuste dos materiais para as necessidades expressivas de cada um. Na observação de Pedro, de 5 anos e 3 meses, torna-se compreensível como ele se afeta e expressa pela cor. Em seus procedimentos com a cor - pintar/ combinar/ retocar/ misturar/ criar tonalidades/ relacionar -, Pedro articula jogo de exercício - repetição/ prazer funcional/ exploração lúdica e jogo simbólico -, criação e atribuição de sentido a uma imagem. 



Quando as crianças, como no exemplo de Pedro, se entregam à experiência completa ou estética (DEWEY, 2010) - cor, ritmo e coordenadores cognitivos -, tornam observável a gênese da pintura em uma sequência de ações que têm valor de conhecimento. Em possíveis equivalências - cor e fenômeno; ritmo e ação; coordenadores cognitivos e forma; e experiência estética e energia -, esses observáveis são quatro móbiles da ação extensivos a outras áreas de conhecimento, que sintetizam e configuram um círculo de aprendizagem e geração de conhecimento, conforme as etapas esboçadas a seguir. 



Uma criança com sensibilidade, intuição e imaginação (sujeito da ação), devido a uma mobilização estética inicial (afeto) e balizada pela emoção que garante a continuidade entre a vida e a arte, gera uma experiência estética sensível ou completa. Essa experiência acontece em intuições de espaço e tempo. A experiência estética ou sensível pode ser considerada um jogo, no qual o sujeito cria procedimentos (COLL, 1996) - passos concatenados da ação - em busca do êxito: atender a demanda por expressão da mobilização estética inicial. Os procedimentos geram um objeto, algo que ganhou existência fora da criança. O que gerou uma pintura é agora conhecimento, um modo de ser do indivíduo que torna observável a experiência de pintar na qual esteve subjetivamente, esteticamente, implicado. 



O problema educativo que se coloca é a fragilidade no modo de produção de objetos artísticos, quando deparamos com questões difíceis para a criança ou para quem trabalha com arte, que só podem ser resolvidas no plano procedimental e interativo. Se o sujeito se afasta de sua base estética, não chegará ao êxito expressivo, não haverá transformação, não haverá aprendizagem e o desapontamento será geral. Nesse caso, o que pode ser considerado uma representação incompleta, insatisfatória, para quem a produziu? Aquilo que não tem verossimilhança com o fenômeno ou a realidade que motivou a necessidade de se expressar. Não será verossímil ao afeto que mobilizou a ação, e talvez corresponda a uma imposição de representações externas tanto à realidade observada quanto ao modo de ser e de pensar do sujeito. Pode ocorrer então um empobrecimento da experiência e da abertura de possibilidades originárias da interação entre sujeito e objeto. A potência da experiência estética vem da energia que alcança o êxito expressivo: o que ganhou existência corresponde à emoção afetiva que o gerou. Tudo que ressalta de nossas conclusões é a importância da experiência e dos procedimentos na gênese do conhecimento. Para tanto, devido à continuidade funcional (DEHEINZELIN, 2010), o que propomos como fonte da criação é a manutenção, o enriquecimento e a transformação do pensamento sensório-motor ao longo da vida.


1 Este artigo é parte integrante da tese de doutorado em Psicologia e Educação, Móbiles da Ação: Da Cor à Experiência Estética. São Paulo: Faculdade de Educação da USP, 2013

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25 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DAS REGRAS PARA A APRENDIZAGEM


A IMPORTÂNCIA DAS REGRAS PARA A APRENDIZAGEM

Por Vania Marincek e Fernanda Silvares
A vida em sociedade exige a presença de regras. Sem dúvida, há espaços que contam com um maior número delas, e, outros, com um número mais reduzido. Tais diferenças se devem às características do espaço e, sem dúvida, ao público que o frequenta.
Da mesma forma como as regras organizam os espaços, primando pela soberania dos interesses coletivos, elas também possibilitam a organização interna dos indivíduos que se reúnem em tais ambientes. Ao se preparar para ir a uma peca de teatro, espetáculo de dança, ou mesmo, ao cinema, por exemplo, as pessoas precisam antecipar algumas situações; a atividade tem um tempo de duração, horário de início e fim, é preciso chegar com um pouco de antecedência, deve-se estar com as próprias necessidades minimamente atendidas para não sentir muita fome, sono ou necessidade de ir ao banheiro para não perder parte da apresentação, não se pode estar aguardando uma ligação urgente, pois o uso de equipamentos eletrônicos não é permitido. O exemplo pode parecer simplório, mas oferece um elemento importante de ser considerado quando estamos falando de um tema que, por vezes, pode se mostrar polêmico. A regra organiza os contextos sociais e também os sujeitos que neles atuam.
A escola é uma instituição que, entre outras coisas, caracteriza-se como um dos primeiros contextos sociais em que as crianças se inserem. Depois do convívio familiar, é na escola que as crianças enfrentam os desafios de interagir com as outras e atender as regras que organizam o funcionamento coletivo. O “diálogo” entre os desejos e os interesses pessoais e as regras de funcionamento coletivo impõem para as crianças um grande desafio. Quantas vezes as ouvimos afirmarem “ – Mas… Eu queria.”? Deixar de lado o que eu quero naquele momento para cumprir como o que está estabelecido para todos não é tarefa fácil para as crianças. Por vezes, nem mesmo para os adultos. Mas, sem dúvida, é um aprendizado que contribui para que possamos enfrentar inúmeras situações de nosso cotidiano.
As regras dentro da escola regulam tanto a ação das crianças como, por vezes, de seus familiares. Um exemplo simples desse sistema é o próprio horário de funcionamento das aulas, a hora de entrada e saída acaba por definir o horário do almoço, do jantar, do banho e de outras atividades do cotidiano familiar.
A flexibilidade de alguns contextos faz com que, eventualmente, fique confuso o que é regra e o que é uma possibilidade, um valor, uma orientação que visa favorecer as relações e o convívio entre as pessoas.
No F1, os alunos estão em um momento de sua formação em que começam a entender que a regra está a serviço de regular o convívio. Antes disso, as crianças ainda não conseguem generalizar e nem se distanciar de seu jeito de ver o mundo, totalmente focado em seus desejos.
É exatamente a partir dos 7 anos que passam a começar a considerar o entorno e os outros e, ao longo do F1, passam a entender cada vez melhor a necessidade e o uso das regras para garantir o convívio.
No início, as regras são ainda entendidas como dogmas a serem seguidos. À medida que crescem e que também vivem muitas situações em que as situações de convívio são balizadas e resolvidas pelas regras, vão se dando conta de sua função.
Nos anos finais do F1, as crianças ampliam suas possibilidades de compreensão e de estabelecer relações, o que lhes traz maiores possibilidade de argumentação. Para os pais, esse é um momento em que reconhecem que os recursos que utilizavam com seus filhos na colocação de limites se mostram pouco eficientes, a criança passa a utilizar argumentos muito mais lógicos e é comum passarem a imagem de que já são “senhores de suas vidas, quase adultos”…
Os pais de primeira viagem, desavisados, muitas vezes,  deixam-se levar por essa impressão, mas veem suas apostas naufragarem em seguida pois, apesar de reproduzirem um  discurso muito articulado, próximo ao de um adulto, as crianças ainda são crianças e não sustentam as posições em que se colocam.
Na escola, observamos esse movimento nas reivindicações dos alunos de final de 4º ano, ou ao longo do 5º. Começam a se articular, a questionar as normas, a perceber os colegas como parceiros de reivindicações. Querem organizar eventos, mobilizações, mudar combinados e transpor regras, mas ainda não dão conta de considerar todo o planejamento prévio que sustenta esse tipo de ação.
Cabe ao adulto atuar como modelo não só no cumprimento das normas, mas também auxiliando na organização das ações propostas por eles, quando se mostram em consonância com as normas estabelecidas e passíveis de implantação.
Dialogar com as crianças, deixar que exponham os argumentos que construíram e, ao mesmo tempo, ajudá-los a compreender as limitações de suas reivindicações, e também propor que planejem a implantação das mudanças que reivindicam, quando se mostram possíveis, oferecendo ajuda para tal, são formas de apoiar o crescimento, valorizando o cumprimento das regras.
As crianças certamente entenderão, sentir-se-ão respeitadas e avançarão na construção de sua moralidade.







Segurança na Internet: Cuidado!!!

1. Segurança na Internet

[Segurança na Internet]
A Internet já está presente no cotidiano de grande parte da população e, provavelmente para estas pessoas, seria muito difícil imaginar como seria a vida sem poder usufruir das diversas facilidades e oportunidades trazidas por esta tecnologia. Por meio da Internet você pode:
  • encontrar antigos amigos, fazer novas amizades, encontrar pessoas que compartilham seus gostos e manter contato com amigos e familiares distantes;
  • acessar sites de notícias e de esportes, participar de cursos à distância, pesquisar assuntos de interesse e tirar dúvidas em listas de discussão;
  • efetuar serviços bancários, como transferências, pagamentos de contas e verificação de extratos;
  • fazer compras em supermercados e em lojas de comércio eletrônico, pesquisar preços e verificar a opinião de outras pessoas sobre os produtos ou serviços ofertados por uma determinada loja;
  • acessar sites dedicados a brincadeiras, passatempos e histórias em quadrinhos, além de grande variedade de jogos, para as mais diversas faixas etárias;
  • enviar a sua declaração de Imposto de Renda, emitir boletim de ocorrência, consultar os pontos em sua carteira de habilitação e agendar a emissão de passaporte;
  • consultar a programação das salas de cinema, verificar a agenda de espetáculos teatrais, exposições e shows e adquirir seus ingressos antecipadamente;
  • consultar acervos de museus e sites dedicados à obra de grandes artistas, onde é possível conhecer a biografia e as técnicas empregadas por cada um.
Estes são apenas alguns exemplos de como você pode utilizar a Internet para facilitar e melhorar a sua vida. Aproveitar esses benefícios de forma segura, entretanto, requer que alguns cuidados sejam tomados e, para isto, é importante que você esteja informado dos riscos aos quais está exposto para que possa tomar as medidas preventivas necessárias. Alguns destes riscos são:
Acesso a conteúdos impróprios ou ofensivos: ao navegar você pode se deparar com páginas que contenham pornografia, que atentem contra a honra ou que incitem o ódio e o racismo.
Contato com pessoas mal-intencionadas: existem pessoas que se aproveitam da falsa sensação de anonimato da Internet para aplicar golpes, tentar se passar por outras pessoas e cometer crimes como, por exemplo, estelionato, pornografia infantil e sequestro.
Furto de identidade: assim como você pode ter contato direto com impostores, também pode ocorrer de alguém tentar se passar por você e executar ações em seu nome, levando outras pessoas a acreditarem que estão se relacionando com você, e colocando em risco a sua imagem ou reputação.
Furto e perda de dados: os dados presentes em seus equipamentos conectados à Internet podem ser furtados e apagados, pela ação de ladrões, atacantes e códigos maliciosos.
Invasão de privacidade: a divulgação de informações pessoais pode comprometer a sua privacidade, de seus amigos e familiares e, mesmo que você restrinja o acesso, não há como controlar que elas não serão repassadas. Além disto, os sites costumam ter políticas próprias de privacidade e podem alterá-las sem aviso prévio, tornando público aquilo que antes era privado.
Divulgação de boatos: as informações na Internet podem se propagar rapidamente e atingir um grande número de pessoas em curto período de tempo. Enquanto isto pode ser desejável em certos casos, também pode ser usado para a divulgação de informações falsas, que podem gerar pânico e prejudicar pessoas e empresas.
Dificuldade de exclusão: aquilo que é divulgado na Internet nem sempre pode ser totalmente excluído ou ter o acesso controlado. Uma opinião dada em um momento de impulso pode ficar acessível por tempo indeterminado e pode, de alguma forma, ser usada contra você e acessada por diferentes pessoas, desde seus familiares até seus chefes.
Dificuldade de detectar e expressar sentimentos: quando você se comunica via Internet não há como observar as expressões faciais ou o tom da voz das outras pessoas, assim como elas não podem observar você (a não ser que vocês estejam utilizando webcams e microfones). Isto pode dificultar a percepção do risco, gerar mal-entendido e interpretação dúbia.
Dificuldade de manter sigilo: no seu dia a dia é possível ter uma conversa confidencial com alguém e tomar cuidados para que ninguém mais tenha acesso ao que está sendo dito. Na Internet, caso não sejam tomados os devidos cuidados, as informações podem trafegar ou ficar armazenadas de forma que outras pessoas tenham acesso ao conteúdo.
Uso excessivo: o uso desmedido da Internet, assim como de outras tecnologias, pode colocar em risco a sua saúde física, diminuir a sua produtividade e afetar a sua vida social ou profissional.
Plágio e violação de direitos autorais: a cópia, alteração ou distribuição não autorizada de conteúdos e materiais protegidos pode contrariar a lei de direitos autorais e resultar em problemas jurídicos e em perdas financeiras.
Outro grande risco relacionado ao uso da Internet é o de você achar que não corre riscos, pois supõe que ninguém tem interesse em utilizar o seu computador1 ou que, entre os diversos computadores conectados à Internet, o seu dificilmente será localizado. É justamente este tipo de pensamento que é explorado pelos atacantes, pois, ao se sentir seguro, você pode achar que não precisa se prevenir.
Esta ilusão, infelizmente, costuma terminar quando os primeiros problemas começam a acontecer. Muitas vezes os atacantes estão interessados em conseguir acesso a grandes quantidades de computadores, independente de quais são, e para isto, podem efetuar varreduras na rede e localizar grande parte dos computadores conectados à Internet, inclusive o seu.
Um problema de segurança em seu computador pode torná-lo indisponível e colocar em risco a confidencialidade e a integridade dos dados nele armazenados. Além disto, ao ser comprometido, seu computador pode ser usado para a prática de atividades maliciosas como, por exemplo, servir de repositório para dados fraudulentos, lançar ataques contra outros computadores (e assim esconder a real identidade e localização do atacante), propagar códigos maliciosos e disseminarspam.
Os principais riscos relacionados ao uso da Internet são detalhados nos Capítulos: Golpes na InternetAtaques na InternetCódigos Maliciosos (Malware)Spam e Outros riscos.
O primeiro passo para se prevenir dos riscos relacionados ao uso da Internet é estar ciente de que ela não tem nada de "virtual". Tudo o que ocorre ou é realizado por meio da Internet é real: os dados são reais e as empresas e pessoas com quem você interage são as mesmas que estão fora dela. Desta forma, os riscos aos quais você está exposto ao usá-la são os mesmos presentes no seu dia a dia e os golpes que são aplicados por meio dela são similares àqueles que ocorrem na rua ou por telefone.
É preciso, portanto, que você leve para a Internet os mesmos cuidados e as mesmas preocupações que você tem no seu dia a dia, como por exemplo: visitar apenas lojas confiáveis, não deixar públicos dados sensíveis, ficar atento quando "for ao banco" ou "fizer compras", não passar informações a estranhos, não deixar a porta da sua casa aberta, etc.
Para tentar reduzir os riscos e se proteger é importante que você adote uma postura preventiva e que a atenção com a segurança seja um hábito incorporado à sua rotina, independente de questões como local, tecnologia ou meio utilizado. Para ajudá-lo nisto, há diversos mecanismos de segurança que você pode usar e que são detalhados nos Capítulos:Mecanismos de segurançaContas e senhas e Criptografia.
Outros cuidados, relativos ao uso da Internet, como aqueles que você deve tomar para manter a sua privacidade e ao utilizar redes e dispositivos móveis, são detalhados nos demais Capítulos: Uso seguro da InternetPrivacidade,Segurança de computadoresSegurança de redes e Segurança em dispositivos móveis.
[1] Nesta Cartilha a palavra "computador" será usada para se referir a todos os dispositivos computacionais passíveis de invasão e/ou de infecção por códigos maliciosos, como computadores e dispositivos móveis. voltar 
FONTE:
               http://cartilha.cert.br/seguranca/