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5 de setembro de 2014

UMA ANÁLISE DA PRÁTICA DE ENSINO UTILIZANDO A LINGUAGEM DOS SINAIS (LIBRAS)

Esse texto foi produzido mediante uma reflexão acerca de atividade em sala de aula composta por        alunos heterogêneos e aprendizagens múltiplas, tendo em vista a presença de um aluno que era          portador de necessidades especiais (Surdez), e como não conhecia a linguagem de sinais, tive que     passar por uma experiência muito dolorosa para poder ensinar a Língua Portuguesa para esse aluno.   Acredito que se eu conhecesse a prática de ensino com o auxílio da Linguagem de Sinais (LIBRAS), o   meu trabalho teria sido muito mais produtivo e menos estressante tanto para mim como para todos da   classe, inclusive o aluno, que abaixo descrevo com as iniciais"R.B", para não expôr sua identidade.


        A linguagem exerce papel preponderante na constituição dos sujeitos, haja vista que essa constitui o viés para que possamos nos apropriar da cultura em sociedade, por meio da linguagem podemos construir o nosso entendimento sobre o micro e macro universo, e assim, ainda podemos estabelecer quais e como serão as nossas relações sócio-afetivas.
      Não obstante à relevância inquestionável da sua importância para os seres humanos, a possibilidade de construção da mesma para os surdos, tem sido secularmente negada, e principalmente devido ao preconceito e privação da aprendizagem da Linguagem dos Sinais (LIBRAS).
            O preconceito ou ação a essa modalidade de ensino que tanto favorece as pessoas portadoras de surdez, têm sua origem desde os primórdios da humanidade onde os surdos e pessoas portadoras de deficiência física eram tidas como uma aberração da natureza, e por esse motivo muitos foram hostilizados, sacrificados, mortos, encarcerados, e outras atrocidades ao longo da história.
          E assim, surgiram os inúmeros mitos e preconceitos que foram propagados até os dias atuais, principalmente em relação aos surdos, e a Linguagem de Sinais, inclusive por parte de muitos colegas que não demostram interesse em aprender essa linguagem.
       Contudo os estudos realizados com crianças surdas filhas de pais surdos, as quais têm a possibilidade de aprenderem LIBRA, como primeira língua, já nos primeiros contatos com a vida social e familiar, constataram grande avanço no sentido de mostrar a importância da mesma às comunidades surdas, a fim de que essas possam construir sua própria identidade de comunicação.
     Por conseguinte esses avanços têm permitido alavancar a igualdade de patamares do desenvolvimento de crianças que compartilham a mesma pedagogia, o mesmo não podemos afirmar sobre as crianças ouvintes que são inseridas em um ambiente linguístico, utilizando a prática da modalidade oral-auditiva.
      Apesar de já ter trabalhado com alunos portadores de surdez e tendo realizado diversas pedagogias para dar conta da aprendizagem, devo confessar que se naquela época eu já tivesse realizado o curso de LIBRAS, o qual conclui no mês passado, acredito que a minha prática pedagógica teria sido menos estafante e eu tivesse optado pelo Bilinguismo, pois apesar de trabalhar o mesmo conteúdo com todos os alunos da classe eu apenas teria que adequar os conteúdos ao aluno "R.B" aos transcritos da linguagem dos Sinais- LIBRAS, e talvez fosse bem mais fácil, tanto para mim quanto para ele.

FONTES:http://efpava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=912256
   
http://campus20142.unimesvirtual.com.br/eduead/mod/page/view.php?id=30249